terça-feira, 15 de julho de 2014

Carta aos meus filhos #51

Não é que a mãe sinta qualquer tipo de ansiedade. Se for honesta, não é bem isso que sinto. É mais uma inquietação - mínima -, mas um vazio.

As cartas costumam responder, mas para isso é preciso que se queira. O futuro é escrito por nós, pelo bater das nossas asas enquanto borboletas. As asas da mãe pouca poeira levantam. O futuro está estagnado.

As cartas não me respondem.
Elas não sabem para onde vou.
Eu não sei para onde quero ir.

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